(ANSA) - Por Manuela Tulli - O acolhimento dos migrantes será o centro da viagem do papa Francisco a Marselha, na França, entre os dias 22 e 23 de setembro, para encerrar os "Encontros do Mediterrâneo".
O evento ocorre após os já realizados em Bari (2020) e Florença (2022), edição que o Pontífice decidiu não participar no último momento, e reunirá os bispos das cinco margens do Mar Mediterrâneo, palco de inúmeras tragédias de migrantes nos últimos anos.
A novidade em relação aos encontros anteriores é que o evento contará com a participação dos jovens. O objetivo é "fazer crescer a cultura do encontro e do diálogo entre as novas gerações", ressaltou o diretor da sala de imprensa, Matteo Bruni, ao ilustrar o programa da viagem à imprensa.
A guerra também está no centro da discussão, tendo em mente a Ucrânia e a participação do bispo de Odessa, além das questões ambientais e problemas socioeconômicos que afetam toda a região.
Para Francisco, que na manhã desta terça-feira (19) foi rezar em Santa Maria Maggiore como sempre faz nas vésperas de cada partida, esta será a 44ª viagem internacional, enquanto que o número de países visitados continuam a ser 61, pois já tinha passado por França, em 2014, quando fez um discurso no Parlamento Europeu e no Conselho da Europa em Estrasburgo.
A primeira-ministra da França, Élisabeth Borne, dará as boas-vindas ao Papa em sua chegada a Marselha, no dia 22 de setembro, enquanto a reunião com o presidente Emmanuel Macron, será no sábado, dia 23.
O encontro entre os líderes é muito aguardado, tanto devido às questões sobre a crise migratória como para a discussão das ações a serem implementadas para esperar o fim da guerra na Ucrânia. Macron também assistirá a missa do religioso no estádio Velódrome de Marselha.
Os migrantes que morreram no mar estarão no centro da oração que o Papa recitará na tarde de sexta-feira (22) com representantes de outras religiões no Memorial dedicado aos marinheiros e migrantes perdidos no oceano.
Como em todas as viagens do líder da Igreja Católica, haverá também um momento dedicado às "periferias", ou seja, às pessoas mais necessitadas, com um encontro com as freiras de Madre Teresa e uma representação das pessoas que elas ajudam.
Por fim, uma curiosidade: Jorge Bergoglio será o primeiro pontífice a visitar Marselha depois de quase 500 anos. A última passagem de um Papa pela cidade francesa remonta a 1533, ano em que o papa Clemente VII, nascido Giulio de' Medici, chegou ao território para o casamento do filho do rei Francisco I, o futuro rei Henrique II, com sua sobrinha, Catarina de 'Medici. (ANSA).
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