Vaticano

Papa pede corredores humanitários e libertação de reféns em Gaza

Redazione Ansa

(ANSA) - O papa Francisco fez um apelo neste domingo (15) para a criação "urgente" de corredores humanitários para a evacuação dos civis da Faixa de Gaza, atacada por Israel após ter sido alvo de uma ofensiva do grupo fundamentalista islâmico Hamas.

Em declaração após a tradicional oração do Angelus, na Praça São Pedro, o Pontífice enfatizou que "o direito humanitário tem que ser respeitado, sobretudo, em Gaza, onde é urgente e necessário garantir corredores humanitários e socorrer toda a população".

O líder da Igreja Católica voltou a apelar "fortemente que as crianças, os doentes, os idosos, as mulheres e todos os civis não sejam vítimas do conflito" e pediu a libertação dos reféns.

"Muitos já morreram. Por favor, não derramem mais sangue inocente, nem na Terra Santa, nem na Ucrânia ou em qualquer outro lugar. Chega", pediu ele, lembrando que "as guerras são sempre uma derrota".

Jorge Bergoglio reforçou que acompanha "com muita dor o que está acontecendo em Israel e na Palestina" e pensa sobretudo nas muitas crianças e nos idosos que estão nos territórios.

Na semana passada, o Vaticano chegou a dizer que está pronto para mediar negociações em favor da libertação dos reféns israelenses mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza e da proteção de civis palestinos.

Em declarações para a imprensa da Santa Sé, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, ressaltou que essas duas questões "estão no centro das preocupações de todos nós, do Papa e de toda a comunidade internacional".

Hoje, o embaixador israelense na Itália, Alon Bar, comentou a possível mediação do Vaticano no conflito, enfatizando que espera "que haja uma solução humanitária especialmente para a libertação dos reféns e para todas as pessoas que sofrem em Gaza".

"Respeitamos tanto o direito internacional como o apelo do Papa. Mas vocês devem entender que não há como esta guerra terminar sem a eliminação completa da ameaça do Hamas de Gaza e de Israel. Espero que isso aconteça muito em breve", concluiu o diplomata. (ANSA).
   

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