(ANSA) - O papa Francisco reiterou neste domingo (22) a preocupação com os reféns e a situação humanitária na Faixa de Gaza, alvo de bombardeios incessantes de Israel desde 7 de outubro, em reação a ataques terroristas sem precedentes perpetrados pelo grupo radical Hamas.
Em seu Angelus dominical, o líder da Igreja Católica dedicou mais uma mensagem ao conflito no Oriente Médio e renovou o apelo "para que se abram espaços" para o diálogo.
"Estou muito preocupado e entristecido, rezo e estou ao lado de todos aqueles que sofrem, dos reféns, dos feridos, das vítimas e seus familiares. Penso na grave situação humanitária em Gaza e me machuca que o hospital anglicano e a paróquia greco-ortodoxa tenham sido atingidos", declarou o Papa.
Francisco também disse que "a guerra é sempre uma derrota" e lembrou que haverá uma jornada de jejum e orações em 27 de outubro para "implorar pela paz no mundo".
"A guerra, qualquer guerra que existe no mundo - penso também na martirizada Ucrânia -, é uma derrota, é uma destruição da fraternidade humana. Irmãos, parem. Parem!", afirmou Jorge Bergoglio.
Igrejas
Também neste domingo, os patriarcas e chefes das igrejas de Jerusalém expressaram "forte condenação" pelos ataques israelenses contra a igreja ortodoxa de São Porfírio, a mais antiga da Cidade de Gaza, com 1,6 mil anos de história, porém garantiram que continuarão na região.
"Apesar da devastação causada a instituições sociais, religiosas e humanitárias, estamos plenamente empenhados em cumprir nosso dever moral e sacro de oferecer assistência, apoio e refúgio aos civis que nos procuram", diz um comunicado.
Segundo a nota, o bombardeio à igreja de São Porfírio provocou o "desabamento catastrófico" de duas salas do templo ortodoxo, "nas quais dormiam dezenas de refugiados, incluindo mulheres e crianças". "Dezenas deles foram imediatamente esmagados pelos escombros, e muitos ficaram feridos, alguns gravemente. Na última contagem, os mortos eram 18, incluindo nove crianças", afirmam os patriarcas.
Até o momento, o Ministério da Saúde de Gaza contabiliza 4.651 mortos nos bombardeios, enquanto Israel diz que os ataques do Hamas fizeram mais de 1,4 mil vítimas. (ANSA)
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