Vaticano

Papa Francisco promove jejum e oração por paz no Oriente Médio

Esforços diplomáticos se concentram na liberação de reféns

Papa pede liberação dos reféns

Redazione Ansa

(ANSA) - Por Manuela Tulli - O Papa e a diplomacia do Vaticano trabalham incansavelmente para ajudar a encontrar uma solução para a crise entre Israel e Palestina. Esse esforço anda de mãos dadas com a oração.

Hoje (27), o papa Francisco, ao invocar a paz na oração em São Pedro, afirmou que "é um momento sombrio" e que é necessária uma conversão daqueles que promovem o ódio e os conflitos.

O cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, reiterou o apelo para que "as razões da paz prevaleçam sobre a violência e a guerra, incluindo o apelo pela libertação dos reféns e a crise humanitária em Gaza".

Parolin também informou que estão trabalhando em um encontro entre o Papa e as famílias dos reféns israelenses detidos pelo Hamas. Nos últimos dias, o Papa Francisco expressou o desejo de testemunhar pessoalmente seu apoio a essas famílias.

A abordagem diplomática da Santa Sé envolve a busca de contatos de todos os lados, incluindo aqueles estabelecidos com o presidente americano Joe Biden.

Parolin enfatizou que a solução de "dois povos, dois Estados" sempre foi e continua sendo a posição da Santa Sé para Israel e Palestina, e é a única solução que pode garantir um futuro de paz e convivência pacífica.

O Vaticano está preocupado com as crianças afetadas: "Pensamos nas crianças que foram afligidas pelo Hamas, assim como nas muitas crianças que morrem sob os bombardeios em Gaza.

O apelo é principalmente para elas, levando em consideração sua inocência e seu futuro", disse Parolin.

Diplomacia e oração. Hoje à tarde, na Basílica Vaticana, o papa Francisco implorou novamente pela paz em todas as terras devastadas pela guerra. "É uma hora sombria, Mãe", disse o Papa a Maria, segurando o rosário em suas mãos.

"Sacode o espírito daqueles que estão presos no ódio, converte aqueles que alimentam e fomentam conflitos. Enxuga as lágrimas das crianças, assiste aos solitários e idosos, apoia os feridos e doentes, protege aqueles que tiveram que deixar sua terra e seus entes queridos, consola os desanimados, desperta a esperança", disse o pontífice voltando-se para a Madonna.

"Nós consagramos o nosso mundo a você, especialmente os países e regiões em guerra, abrindo frestas de luz na noite dos conflitos e inspirando caminhos de paz para os líderes das nações".

O Papa reza para que Maria possa ajudar o mundo "nestes tempos rasgados pelos conflitos e devastados pelas armas".

"Volte o seu olhar de misericórdia para a família humana, que perdeu o caminho da paz e preferiu Caim a Abel. Ensine-nos a acolher e cuidar da vida, de toda vida, e a rejeitar a loucura da guerra, que semeia morte e apaga o futuro." Uma oração que uniu todas as igrejas do mundo e também representantes de outras religiões que aceitaram o convite do Papa.

Em Jerusalém, os franciscanos rezaram o Caminho da Cruz; em Nazaré, em uma Basílica da Anunciação deserta, o rosário foi rezado; a pequena comunidade católica de Gaza se uniu à oração do Papa, onde, desde 7 de outubro, têm rezado incessantemente todos os dias pela conclusão de um conflito cujo estrondo das bombas chega até eles, até dentro da paróquia.
    (ANSA).
   

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