Vaticano

Arcebispo ignora Papa e proíbe bênção a casais homoafetivos

Nova diretriz vem provocando controvérsia na Igreja

Protesto contra grupos LGBTQ em Nairóbi, capital do Quênia

Redazione Ansa

(ANSA) - O arcebispo de Nairóbi, Philip Anyolo, contrariou o Vaticano e proibiu os padres de sua arquidiocese de abençoarem casais homoafetivos.

O posicionamento foi anunciado no último sábado (23), em meio à insatisfação do clero católico conservador por conta das aberturas do pontífice a homossexuais.

De acordo com Anyolo, abençoar casais homoafetivos "contradiz a doutrina católica tradicional sobre o matrimônio e a família, incluindo a desaprovação da Igreja às uniões homossexuais".

"A Igreja não tem o poder para conceder bênção a uniões entre pessoas do mesmo sexo", ressaltou o arcebispo queniano, afirmando que esse tipo de relacionamento é "contra a razão, a natureza e a cultura africana tradicional".

A polêmica surgiu após o Dicastério para a Doutrina da Fé, com aval do papa Francisco, autorizar padres e bispos a abençoar casais homoafetivos, desde que essa prática não tenha aspectos ritualísticos ou litúrgicos nem seja confundida com o casamento.

A justificativa da Santa Sé é de que a Igreja não pode fechar as portas para aqueles que a procuram para "abrir a própria vida a Deus".

Nos últimos dias, representantes do clero conservador e desafetos do Papa vieram a público para criticá-lo. Um deles, o arcebispo italiano e ex-núncio em Washington Carlo Maria Viganò, chegou a acusar Francisco de ser um "servo de Satanás" e "usurpador". (ANSA)

Leggi l'articolo completo su ANSA.it