(ANSA) - O bispo católico de Civita Castellana, Marco Salvi, declarou nesta quarta-feira (6) que supostas aparições de Maria em uma cidade à beira de um lago ao norte de Roma são falsas. Ele investigou os fenômenos ao longo de um ano.
Com o parecer, ele também ordenou que a autoproclamada vidente Gisella Cardia, que tem apontado essas aparições para multidões durante anos, interrompa essas reuniões mensais.
Em um decreto religioso, Salvi declara a natureza não sobrenatural das supostas aparições da Madonna em Trevignano, às margens do Lago Bracciano.
Cardia convocava pessoas para um morro, onde as supostas aparições aconteceriam no terceiro dia de todo mês.
A mulher siciliana tem 54 anos e se mudou para Trevignano após receber uma sentença, a ser cumprida em liberdade, pela falência de sua empresa de cerâmica em 2013. Os eventos já eram organizados por ela há seis anos.
Além de apontar as aparições, ela transmitia mensagens que seriam de Maria, falando em Satanás tramando catástrofes, incluindo a destruição de Roma por um terremoto, e a tomada da Igreja Católica pelo comunismo.
A ex-empresária, que até alguns anos atrás usava seu nome de nascimento, Maria Giuseppa Scarpulla, também montou um santuário improvisado, que foi desmontado por ordens da Igreja em 2023, contendo uma estatueta de Maria que, segundo ela, chorava sangue.
Ela comprou o objeto na paróquia das aparições de Medjugorje, na Bósnia, há alguns anos.
Cardia também disse que teve sorte em seus esforços para alimentar os centenas de visitantes do local de aparição, afirmando ser capaz de multiplicar nhoque e pizza.
(ANSA).