(ANSA) - O papa Francisco revelou em sua autobiografia que algumas pessoas já pensavam em conclave durante suas internações por problemas de saúde.
"Life: La mia storia nella Storia" ("Vida: A minha história na História") chega às livrarias italianas em 19 de março, mas o jornal Corriere della Sera antecipou alguns trechos nesta quinta-feira (14).
No livro, Jorge Bergoglio observa que, quando era internado no hospital, "alguns estavam mais interessados na política, em fazer campanha eleitoral, pensando quase em um novo conclave", porém sem citar nomes.
"Fiquem tranquilos, é humano, não precisam se escandalizar. Quando o Papa está no hospital, surgem muitos pensamentos, e há quem especule em benefício próprio ou para aparecer nos jornais", afirma.
Na autobiografia, Francisco também garante que nunca pensou em renunciar, mas fazendo a ressalva de que "as coisas mudariam se ocorresse um grave impedimento físico".
"Para este caso, já assinei no início do pontificado a carta de renúncia, que está na Secretaria de Estado. Se isso acontecesse, não gostaria de ser chamado de papa emérito, mas simplesmente de bispo emérito de Roma, e me transferiria para Santa Maria Maggiore [basílica da capital italiana] para voltar a ser confessor e levar a comunhão aos doentes", conta.
O pontífice também alfineta adversários ao revelar que queria ter sido missionário no Japão, mas foi impedido por problemas de saúde. "Se tivessem me mandado àquela terra, minha vida teria seguido um caminho diferente, e talvez alguns no Vaticano estariam melhor que agora", diz. (ANSA)
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