(ANSA) - O papa Francisco voltou a condenar o aumento do antissemitismo na Europa, na sequência da guerra entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas, classificando os atos como "vergonhosos".
A declaração consta em um trecho do livro "Vida. A minha história na História", autobiografia do Pontífice escrita com o correspondente da Mediaset no Vaticano, Fabio Marchese Ragona, antecipado pela ANSA nesta sexta-feira (15).
"Pensem, por exemplo, nos atos de violência de alguns fanáticos, nos túmulos profanados dos judeus ou nas casas marcadas com a Estrela de David em vários países europeus após a eclosão do novo conflito no Oriente Médio em outubro de 2023", lembrou.
Segundo Francisco, os casos de antissemitismo são "uma vergonha, especialmente porque muitas vezes são os jovens que estão envolvidos". "Como se não entendessem o que foi o Holocausto".
Esta não é a primeira vez que o Santo Padre critica o antissemitismo. No mês passado, em uma carta dirigida aos "irmãos e irmãs judeus de Israel", ele disse que todas as manifestações de ódio contra os judeus e o judaísmo são um pecado contra Deus, em um "ato que reafirma a sua proximidade a quem se sentiu, por vezes, negligenciado pela Igreja Católica".
A obra "Vida. Minha história na história" será lançada no próximo dia 19 de março pela editora HarperCollins na Itália e em 20 outros países ao redor do mundo. Entre os temas abordados, o argentino explica que renunciar à chefia da Igreja Católica é uma "hipótese distante" por "gozar de boa saúde", além de revelar que se apaixonou e teve uma namorada no passado. (ANSA).