(ANSA) - Em meio à guerra no Oriente Médio, o papa Francisco enviou nesta quarta-feira (27) uma carta aos católicos da Terra Santa, por ocasião da Páscoa.
"Vocês não estão sozinhos e não os deixaremos sozinhos, permaneceremos solidários com vocês através da oração e da caridade ativa, esperando poder voltar logo até vocês como peregrinos, para olhá-los nos olhos e abraçá-los, para partir o pão da fraternidade e contemplar aqueles brotos de esperança crescidos de suas sementes, espalhadas na dor e cultivadas com paciência", escreveu.
O pontífice assegurou: "Há tempo que penso em vocês e todos os dias rezo por vocês. Mas agora, na véspera desta Páscoa, que para vocês cheira tanto a Paixão e ainda pouco à Ressurreição, sinto a necessidade de escrever-lhes para dizer que levo-vos em meu coração”.
“Estou próximo de todos vocês, em seus vários ritos, queridos fiéis católicos espalhados por todo o território da Terra Santa: em particular àqueles que, nestes momentos, estão sofrendo mais dolorosamente o absurdo drama da guerra, às crianças a quem é negado o futuro, àqueles que estão em pranto e dor, àqueles que experimentam angústia e desorientação.”
"A Páscoa, coração de nossa fé, é ainda mais significativa para vocês que a celebram nos lugares onde o Senhor viveu, morreu e ressuscitou: não apenas a história, mas nem mesmo a geografia da salvação existiria sem a Terra que vocês habitam há séculos, onde desejam permanecer e onde é bom que possam permanecer”, disse Francisco.
“Obrigado por seu testemunho de fé, obrigado pela caridade que há entre vocês, obrigado porque sabem esperar contra toda esperança. Por vocês e com vocês eu oro: Senhor, tu que és a nossa paz, tu que proclamaste bem-aventurados os pacificadores, liberta o coração do homem do ódio, da violência e da vingança.”
“Nós olhamos para ti e te seguimos, que perdoas, que és manso e humilde de coração. Faz com que ninguém nos roube do coração a esperança de nos levantarmos e ressuscitarmos contigo, faz com que não nos cansemos de afirmar a dignidade de todo homem, sem distinção de religião, etnia ou nacionalidade, começando pelos mais frágeis: pelas mulheres, pelos idosos, pelos pequenos e pelos pobres", orou o Papa.
"Renovo o convite a todos os cristãos do mundo para que façam sentir seu apoio concreto e para que orem sem se cansar, para que toda a população de sua querida Terra finalmente esteja em paz", concluiu.
(ANSA).