O presidente da Ucrânia, br/brasil/flash/internacional/2024/07/20/numero-2-do-vaticano-visita-ucrania-para-falar-de-paz_ad03526f-a20b-4677-b403-457b09fa8a67.html">Volodymyr Zelensky, agradeceu a visita do enviado do papa Francisco, o cardeal Pietro Parolin, ao seu país e enfatizou que o Vaticano "é essencial" na busca pela paz.
"Agradeço este significativo gesto de apoio à Ucrânia, ao povo ucraniano e ao nosso desejo de viver pacificamente no nosso Estado", declarou Zelensky após o encontro oficial com o secretário de Estado do Vaticano, em Kiev, na última terça-feira (23).
Parolin foi mandado à Ucrânia para o encerramento da peregrinação nacional dos católicos latinos ucranianos ao Santuário da Beata Virgem Maria de Berdychiv e para passar uma "mensagem de paz", em meio ao impasse na guerra de quase dois anos e meio contra a Rússia.
De acordo com Zelensky, "é essencial para nós e para a causa da paz que o Vaticano continue ativo na proteção de vidas humanas e no apoio à implementação da Fórmula da Paz, em particular pela libertação de prisioneiros".
Paralelamente, o cardeal explicou que, no conflito entre a Rússia e a Ucrânia, "a diplomacia certamente ficou um pouco atrasada".
Em entrevista ao jornal Avvenire, ele destacou que, "pelo menos por parte da Santa Sé, a diplomacia está em movimento, não temos mais armas".
"A nossa diplomacia sempre foi uma diplomacia de paz e não tem outra razão de existir senão ajudar a recuperar a paz onde esta foi perdida e a prevenir conflitos", ressaltou Parolin, acrescentando que "há quem espere determinados prazos políticos, entretanto, há pessoas que morrem".
O "número 2" do Vaticano enfatizou ainda que está longe "uma solução negociada" na guerra entre Rússia e Ucrânia, mas lembrou que a Santa Sé apoia, desde o início, a plataforma de paz de Zelensky, especialmente no que diz respeito ao aspecto humanitário.
Depois da reunião, o presidente ucraniano premiou "sua eminência com a Ordem do Mérito", destacando "o seu papel no desenvolvimento das relações bilaterais e no apoio à Ucrânia durante o terrível período da agressão russa".
A informação foi confirmada pelo embaixador ucraniano junto à Santa Sé, Andrii Yurash, em uma publicação no X (antigo Twitter), junto com as fotos da ocasião. A visita de Parolin na Ucrânia como enviado do Papa, que começou na sexta-feira passada (19), termina hoje. (ANSA).
'Vaticano é essencial para paz', diz presidente da Ucrânia
Zelensky recebeu enviado do papa Francisco em Kiev