Vaticano

Papa visita maior mesquita da Ásia e defende harmonia religiosa

Líder católico e imã muçulmano assinaram Declaração de Istiqlal

O imã Nasaruddin Umar e o papa Francisco durante encontro na mesquita Istiqlal

Redazione Ansa

Obr/brasil/noticias/vaticano/2024/09/04/papa-denuncia-manipulacao-da-fe-para-fomentar-odio_48b819d4-03c1-4977-bc61-87867ad942db.html#:~:text=Segundo%20o%20pont%C3%ADfice%2C%20com%20a,viol%C3%AAncia%22%2C%20declarou%20o%20Papa." target="_blank" rel="noopener"> papa Francisco visitou nesta quinta-feira (5) a mesquita Istiqlal, em Jacarta, na Indonésia, maior templo muçulmano da Ásia e o terceiro maior do mundo.
    No local, Bergoglio e o imã Nasaruddin Umar assinaram a Declaração de Istiqlal 2024", que visa promover a harmonia religiosa para o bem da humanidade.
    Os representantes das duas fés passaram ainda pelo Túnel da Amizade, que liga a mesquita à catedral católica de Nossa Senhora da Assunção. O Papa foi recebido com uma tradicional dança muçulmana e acompanhou um trecho do Alcorão, assim como a leitura de uma passagem do Evangelho Segundo Lucas.
    "Esta mesquita busca promover a tolerância religiosa e a moderação na Indonésia. A construção do túnel Silaturrahim [Túnel da Amizade] é a prova do papel da mesquita Istiqlal como ponto de encontro, especialmente para cidadãos em uma nação plural como a Indonésia [com mais de 300 línguas locais], que aderem à máxima 'bhinneka tunggal ika' ['união pela diversidade']'", declarou Umar, que também reforçou a "honra em receber a presença de Vossa Santidade, o papa Francisco", no local.
    A Declaração de Istiqlal afirma que "o fenômeno global da desumanização é caracterizado, principalmente, por violência e conflitos difusos, que, muitas vezes, provocam um número alarmante de vítimas". "É particularmente preocupante que a religião seja, quase sempre, instrumentalizada neste sentido, causando sofrimento a muitos, sobretudo a mulheres, crianças e idosos. O papel da religião, de qualquer modo, deveria incluir a promoção e a proteção da dignidade de cada vida humana", diz o documento.
    Em discurso na mesquita, o pontífice voltou a alertar que guerras e conflitos são alimentados "também pela instrumentalização religiosa, assim como pela crise ambiental, que se tornou um obstáculo para o crescimento e a convivência dos povos". "Diante desse cenário, é importante que os valores comuns a todas as tradições religiosas sejam promovidos e reforçados", acrescentou.
    A Indonésia é o país com o maior número de muçulmanos no mundo, com cerca de 90% da população.
    Francisco está em missão na Ásia e na Oceania desde o início da semana. Até 13 de setembro, ele ainda deve visitar Papua Nova Guiné, Timor-Leste e Singapura, marcando a mais longa viagem de seu pontificado. (ANSA).
   

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