(ANSA) - Em um encontro em Roma, na Itália, o br/brasil/noticias/vaticano/2024/02/12/apos-ataques-milei-diz-que-reconsiderou-opinioes-sobre-papa_922453a8-82e2-4500-a6a1-e24196dfddc8.html" target="_blank" rel="noopener">papa Francisco criticou nesta sexta-feira (20) a repressão dos protestos na Argentina por parte do governo de Javier Milei.
O líder da Igreja Católica reivindicou a implementação de políticas de redistribuição da riqueza, sublinhando que "não se trata de comunismo".
"Me mostraram as imagens da repressão, onde a polícia reprimiu os trabalhadores que exigiam os seus direitos nas ruas como se fossem desordeiros. Em vez de gastarem com justiça social, gastam na compra de gás de pimenta", declarou o pontífice durante um encontro com representantes de movimentos sociais.
O religioso não chegou a mencionar a Argentina nem o mandatário, mas provavelmente se referiu a uma manifestação organizada em 12 de setembro em Buenos Aires, que protestou contra um veto a uma revalorização das aposentadorias.
"Se não houver boas políticas racionais e justas, que fortaleçam a justiça social para que todos tenham terra, habitação, trabalho, um salário justo e direitos sociais adequados, a lógica do desperdício material e humano vai se espalhar, deixando a violência e a desolação em seu rastro", acrescentou.
O porta-voz presidencial Manuel Adorni respondeu às duras críticas do Papa ao dizer que "respeita a opinião" do religioso, "mas não compartilha" com ela.
"Não temos por que compartilhar a visão que ele tem sobre algumas coisas, mas o respeito é total e absoluta pelo que o Papa possa dizer a respeito de qualquer coisa", afirmou. (ANSA).
Papa critica repressão de protestos na Argentina
Governo Milei declarou que não compartilha opinião do religioso