(ANSA) - A Itália recebeu 56 milhões de turistas estrangeiros nos primeiros nove meses de 2022, quase o dobro do que no mesmo período de 2021, devido à reativação do setor após a pandemia de Covid-19, revelou um relatório do Banco da Itália nesta terça-feira (31).
O estudo informa que, embora os anos da pandemia do novo coronavírus tenham favorecido e aumentado o turismo local, com a descoberta de lugares a dois passos de casa, explodiu agora a vontade de viajar pelo mundo.
Mais de 900 milhões de turistas viajaram para o exterior em 2022, o dobro do número em 2021 e representaram cerca de dois terços (63%) das viagens pré-pandemia.
Além disso, segundo o Barômetro de Turismo Mundial das Nações Unidas (OMT), a Europa se confirma como um dos destinos preferidos dos viajantes mundiais (585 milhões), sendo que a Itália se destaca por sua tendência positiva: nos primeiros nove meses de 2022 recebeu 94% a mais de turistas do que em 2021, reduzindo a diferença em relação ao valor pré-pandemia para 26%.
Um primeiro balanço do setor foi ilustrado na apresentação da próxima edição da Bolsa Internacional de Turismo. "Serão mais de mil destinos, 45 países, 500 principais compradores de 54 países. Tudo é um bom presságio para o setor em 2023 com o retorno aos dados pré-pandêmicos", disse Luca Palermo, CEO da Feira Milão.
A Itália, que já atingiu quase 80% dos níveis pré-pandêmicos, recebendo 56 milhões de chegadas em 2022, segundo a Agência Nacional de Turismo da Itália (Enit), teve a taxa de saturação de reservas OTA (Online Travel Agency - agências de viagens online que permitem aos viajantes fazer reservas - mais alta da Europa em dezembro, atingindo 37%, seis pontos percentuais acima da média.
As reservas aéreas de janeiro de 2023 para a Itália registraram o maior aumento em relação ao mesmo mês de 2022 (+106%). França (+84%) e Espanha (+49%) aparecem na sequência.
Um vez explorada esta grande vontade de voltar a rodar o mundo, a feira BIT (International Tourism Exchange) promove o relançamento das viagens, apostando sobretudo nas de escala humana. Quase todas as regiões italianas estão presentes com as realidades territoriais, no signo do caminho lento, dos caminhos à apicultura, dos jardins históricos ao agroturismo.
São três dias de feira (o último aberto à visitação) para conhecer as novidades internacionais. O objetivo é relançar o setor, com a chegada ou reconfirmação de muitos grandes nomes entre os principais protagonistas da cadeia produtiva.
A presença das companhias aéreas é significativa, entre as quais se destaca a estreia, senão o retorno com novo visual, da Ita Airways, apresentando as novas conexões, e a participação de companhias internacionais como Air Europa, Air India, Eva Air ou Fly Dubai.
Também estão presentes na Bit 2023 a Trenitalia, com sua rede de linhas ferroviárias de alta velocidade considerada entre as melhores do mundo, e a Trenord, imersa em um processo de forte renovação do transporte regional na Lombardia. (ANSA).