(ANSA) - O governador do Vêneto, Luca Zaia, acenou nesta quinta-feira (3) para a possibilidade de criar um sistema de reservas para visitar a capital da região, Veneza, uma das principais joias turísticas da Itália.
A declaração chega poucos dias depois de a Unesco recomendar a inclusão do centro histórico da cidade na lista de patrimônios da humanidade em risco por conta da crise climática e do turismo de massa.
"O número programado de turistas em Veneza seria fundamental em um momento em que o mundo digital nos dá uma mão. Reservamos assentos no cinema, no estádio, no avião ou no trem, então também poderíamos reservar a visita à cidade", disse Zaia a uma emissora italiana.
"Veneza é um patrimônio da humanidade, lembremos que deve ser preservada", acrescentou o governador.
A prefeitura veneziana já ensaia há vários anos a criação de um sistema de reservas a pagamento para turistas entrarem no centro histórico da cidade, porém adiou a iniciativa várias vezes, a última delas para 2024.
O plano é cobrar uma taxa de viajantes que fazem "bate e volta" no centro histórico de Veneza, uma vez que quem pernoita na região já paga uma "tassa di soggiorno" que varia de um a cinco euro por dia (de R$ 5,3 a R$ 26,6 pela cotação atual) na alta temporada.
O valor exato da futura tarifa ainda precisa ser confirmado, mas, nos últimos anos, a prefeitura falou em três euros (R$ 16) nos dias comuns; seis euros (R$ 32) nos dias de "selo vermelho", ou seja, quando é previsto um "fluxo crítico" de pessoas; e oito euros (R$ 42,6) nos dias de "selo preto", quando é estimado um "fluxo crítico excepcional" de turistas.
O acesso seria controlado por meio de códigos QR, e moradores da parte do município que fica em terra firme, bem como trabalhadores e estudantes pendulares, seriam isentos.
O objetivo da prefeitura é combater o turismo predatório e dar mais qualidade de vida aos moradores locais, que já organizaram diversas manifestações para protestar contra maus hábitos dos visitantes, como urinar na rua, mergulhar nos canais, fazer piqueniques em pontes e exagerar no barulho de noite. (ANSA)
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