(ANSA) - O chef italiano Massimo Bottura recebeu nesta quarta-feira (7) a medalha McKim, um prêmio anual da Academia Americana de Roma (AAR) destinado a homenagear personalidades que, com seu trabalho, contribuíram significativamente para as artes, humanidades e cultura.
O reconhecimento foi dado a Bottura por sua contribuição à cultura gastronômica e à busca pela sustentabilidade" e por ser "símbolo da criatividade italiana no mundo, que através de pesquisas contínuas expressa o potencial da alimentação e a importância de não desperdiçar os recursos".
"Estamos muito satisfeitos em homenagear Massimo Bottura com a Medalha McKim deste ano", disse Mark Robbins, presidente e CEO da AAR.
A premiação ocorreu em uma cerimônia de gala na Villa Aurelia e contou com a presença de nomes do show business e da cultura italiana e norte-americana.
Usando um terno escuro com uma rosa vermelha acima do coração, desenhado exclusivamente pelo estilista italiano Alessandro Michele, ex-diretor criativo da Gucci, Bottura destacou à ANSA "a importância revolucionária, um passo histórico na Itália, do prêmio que chega no ano da candidatura da cozinha italiana ao reconhecimento da Unesco".
"A partir de hoje, na votação do dossiê, teremos os americanos do nosso lado", comenta o chef italiano com ironia.
Segundo Bottura, "um prêmio dado à criatividade na cozinha é 360 graus. Um chef é muito mais do que a soma de suas receitas, e é hora de um chef sair da cozinha para se fazer ouvir".
Por fim, o italiano dedicou o prestigioso prêmio à sua esposa, sua filha que nasceu em Nova York, a Charlie, e à toda a família franciscana".
Bottura é proprietário da Osteria Francescana, um restaurante com três estrelas Michelin no centro histórico de Modena, duas vezes premiado como o melhor restaurante do mundo pelo "The World's 50 Best Restaurants".
Ao longo dos anos, o chef italiano levou seu compromisso para além da cozinha, apoiando a Fundação "Il Tortellante", um projeto social e um laboratório terapêutico que ensina pessoas com autismo a produzir massas artesanais.
Além disso, ele também fundou o "Food for Soul", uma organização, criada após a Expo Milano 2015, que com seus refeitórios está empenhada em combater o desperdício de alimentos. (ANSA).