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Câmara da Itália aprova veto à carne sintética

Projeto foi proposto pelo Ministério da Agricultura

Redazione Ansa

(ANSA) - O plenário da Câmara da Itália aprovou nesta quinta-feira (16) definitivamente, com 159 votos a favor, 53 contra e 34 abstenções, o projeto de lei contra a carne sintética.

O texto, apresentado pelo ministro da Agricultura, Francesco Lollobrigida, veta a produção e a venda de alimentos e rações constituídos, isolados ou produzidos a partir de culturas celulares ou tecidos derivados de animais vertebrados, bem como proíbe a denominação de carne para produtos processados contendo proteínas vegetais.

Esse tipo de carne, também chamada de artificial, cultivada, carne de laboratório ou carne de cultura, é produzida pela reprodução in vitro de células de animais - o produto final, portanto, não requer criação e abate de gado.

A aprovação desencadeou uma briga que quase chegou às vias de fato entre o deputado de oposição do partido +Europa, Benedetto Della Vedova, e o presidente Confederação-Geral dos Cultivadores Diretos (Coldiretti), Ettore Prandini.

Isso porque a oposição foi à assembleia de Montecitorio com cartazes com escritos como "Cultivem a ignorância - O projeto de lei anticientífico e antitaliano", enquanto criadores e agricultores se manifestavam em apoio ao PL do governo.

Prandini correu em direção a Della Vedova de maneira ameaçadora, chegando a encostar o rosto no dele, gritando "delinquente" e "palhaço", tentando agarrar seu cartaz. Outros membros gritaram coisas como "nem sua esposa vota em você", e presentes tiveram que separar a briga.

Parlamentares disseram que a agressão foi muito grave e que vão denunciar o caso à polícia.

"A Coldiretti se sente autorizada a agredir parlamentares que devem poder expressar sua opinião porque se sente respaldada pela centro-direita", disse della Vedova.

Ele pediu que Lollobrigida não fosse à praça comemorar com a Coldiretti para não legitimar a agressão, mas não foi atendido e o titular da agricultura apertou a mão de Prandini sob aplausos.

Nos últimos dias, fontes citaram que a presidência da República tem dúvidas sobre se a lei atende às normas da União Europeia. (ANSA).
   

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