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Massa italiana estreia no espaço por desafio da Unesco

Projeto foi apresentado por Lollobrigida em Washington

Massa italiana estreia no espaço por desafio da Unesco
Massa irá ao espaço em janeiro de 2024

Redazione Ansa

(ANSA) - Por Claudio Salvalaggio - A massa italiana vai ao espaço pela primeira vez, nas mesas dos astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS). Ela será levada na próxima missão Axiom 3 que partirá no dia 10 de janeiro da Flórida, nos Estados Unidos.

O projeto "Italian Food in Space", apresentado na embaixada da Itália em Washington na presença do ministro da Agricultura e Soberania Alimentar, Francesco Lollobrigida, prevê que os quatros membros da tripulação, entre eles o coronel da aeronáutica militar Walter Villadei, experimente a comida italiana durante os 14 dias de quarentena anteriores à partida, com um menu preparado por ocasião da Rana, já em órbita, graças aos produtos criados ad hoc pela Barilla.

A iniciativa faz parte da candidatura da culinária italiana a patrimônio imaterial da Unesco, apresentada pelo governo italiano no final de março.

"Pela primeira vez, nossa excelência alimentar e um produto icônico como a massa chegarão ao espaço. "Estamos muito orgulhosos desta iniciativa, um exemplo concreto de como é possível aliar a nossa tradição à inovação, ao amor pelas nossas raízes, à vontade de ir além dos horizontes conhecidos e levar essa identidade para o futuro", ressaltou a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, em uma mensagem lida pela embaixadora italiana Mariangela Zappia, que lembrou que este projeto faz parte "de uma cooperação de longa data e muito ampla entre Itália e os Estados Unidos no setor espacial, onde o nosso país está fornecendo a sua contribuição fundamental com criatividade e inovação".

Segundo Lollobrigida, esta é "uma missão para continuar promovendo a candidatura da culinária italiana como patrimônio imaterial da Unesco".

"É um desafio que devemos e podemos vencer, como outros países fizeram antes de nós, da França ao México e à Coreia do Sul. A Itália é incomparável", continuou ele, observando que esta é uma "grande oportunidade para promover o 'Made in Italy' e para fortalecer a nossa colaboração com o nosso principal aliado, os EUA, com quem partilhamos os mesmos valores e princípios democráticos e de sustentabilidade".

O general da aeronáutica militar Antonio Conserva informou que a missão também permitirá "melhorar a nossa capacidade de vigilância de objetos espaciais em órbita", enquanto Villadei ilustrou os 12 experimentos planejados em órbita, desde massas até patologias como Parkinson e Alzheimer, de tecidos automotivos a experimentais.

"Esta é uma das primeiras missões, talvez a primeira da história, que a Itália realiza na nova economia espacial, reunindo diferentes instituições. Existe o Ministério da Defesa, mas também tem o Ministério da Agricultura e da soberania alimentar, o Ministério do 'Made in Italy', a presidência do conselho, a Agência Espacial Italiana e a Indústria Italiana. Não devemos apenas nos orgulhar do passado, mas também olhar para o futuro", comentou o vice-presidente do grupo Barilla, Paolo Barilla, elogiando "um projeto inovador que abre uma nova fronteira" e "nos permite sondar terreno desconhecido".

"Talvez um dia também enviaremos comida italiana para a Lua e além", levantou a hipótese o chefe tecnológico da Nasa A.C.Charania.

"Estamos muito satisfeitos por ter participado do projeto 'Italian Food in Space", que nos permite continuar nossa missão de difundir com orgulho a excelência e a experiência gastronômica italiana não só por todo o mundo", segundo Giovanni Rana Jr., diretor de Inovação do Grupo Rana, que encarregará de realizar o menu da quarentena, com pratos que abrangem a culinária regional e incluem pizza.

Por sua vez, o presidente da Ice, Matteo Zoppas, destacou as grandes oportunidades que o setor aeroespacial promete nos próximos anos, que na Itália representa cerca de 7 bilhões de euros em exportações, enquanto se estima que a nova economia espacial passará de cerca de US$ 450 bilhões para 600 nos próximos cinco anos. (ANSA).
   

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