Morreu na madrugada da última segunda-feira (8), aos 90 anos de idade, o italiano Benito Nonino, homem que transformou a grappa - destilado feito com bagaço de uva - de um licor de boteco em um produto refinado.
Ele faleceu em sua casa em Pavia di Udine, sua terra natal, na região de Friuli Veneza Giulia, nordeste da Itália.
Junto com a esposa Giannola, Benito transformou uma pequena empresa familiar que produzia "sgnapa" - palavra em dialeto para "grappa" - em uma marca conhecida no mundo todo, a Grappa Nonino, fundada por um bisavô em 1897.
O casal teve três filhos, Antonella, Cristina e Elisabetta, que ainda hoje trabalham na empresa. Homem tímido, mas ativo, Benito se locomovia de cadeira de rodas e pediu para ser levado à destilaria inclusive na tarde anterior à sua morte.
Com o crescimento da marca, Benito e Giannola instituíram o prêmio Nonino, que conta com um júri internacional e já laureou seis personalidades que receberiam o Nobel em diferentes categorias.
"Ele foi um homem extraordinário e que, ao lado de Giannola, soube transformar a grappa em um produto de prestígio, levando a destilaria Nonino, com humildade e simplicidade, a níveis de excelência internacional", disse o governador de Friuli Veneza Giulia, Massimiliano Fedriga. (ANSA)
Morre Benito Nonino, o homem que reinventou a grappa
Italiano transformou a bebida em um produto refinado