A empresa americana Heinz lançou nesta semana algo impensável na Itália até então: br/brasil/noticias/ultimo_momento/2024/04/06/italia-celebra-70-anos-do-molho-a-carbonara_b2bf1074-57ff-4431-8347-873c01024361.html" target="_blank" rel="noopener">carbonara em lata.
O produto, descrito pela fabricante como um "macarrão com molho cremoso com pancetta" que é a "solução perfeita para uma refeição rápida e satisfatória em casa", deve chegar ainda neste mês aos supermercados do Reino Unido por 2 libras (R$ 16), mas já provocou furor entre italianos no mundo todo.
O chef Gianfranco Vissani, por exemplo, declarou que "assim se destrói a cultura italiana".
Mas essa não é a primeira polêmica envolvendo o prato, um dos mais tradicionais da cultura do "Belpaese". Na versão admitida na Itália, o carbonara é feito com spaghetti di grano duro, mas variações com as massas rigatoni ou penne também existem no país. A receita contempla ainda guanciale ou pancetta, ovos, queijo pecorino e pimenta-do-reino.
No entanto, fora da Itália há versões do carbonara feitas com creme de leite, bacon, manteiga e outros ingredientes, a depender da criatividade.
"Versões da receita original se difundiram pelo mundo devido à dificuldade de se encontrar os produtos originais em muitos países que receberam imigrantes italianos décadas atrás. No Brasil, por exemplo, não se achavam guanciale e pecorino até meados dos anos 1990", explicou Gerardo Landulfo, delegado da Accademia della Cucina Italiana em São Paulo, durante o Carbonara Day 2024, celebrado em todo o mundo em 6 de abril.
Instituída em 2017 pela Unione Italiana Food e a International Pasta Organization, a data visa a promoção deste que é um dos pratos mais consumidos no país europeu. (ANSA).
Lançamento de carbonara em lata 'assusta' italianos
'Assim se destrói a cultura italiana', disse chef