O presidente da Elea Data Centers, Alessandro Lombardi, acredita que o Brasil seja uma solução a curto prazo para o problema mundial de energia para abastecer centros de dados devido ao seu "grande potencial em recursos naturais".
A declaração foi dada durante o evento Elea Green Tech Summit, em São Paulo, que reuniu players do setor para debater como o país pode se tornar um hub global de Inteligência Artificial (IA) sustentável.
O executivo italiano lembrou que Europa e Estados Unidos "estão aumentando o uso de combustíveis fósseis", o que tem gerado controvérsias com as comunidades locais devido ao impacto ambiental. Para isso, os americanos "estariam trabalhando para utilizar energia nuclear, cujas centrais não ficarão prontas em menos de 15 anos".
"Para este momento, temos o vento do Ceará, a energia solar de Minas Gerais e Rio de Janeiro e a usina hidrelétrica de Itaipu, que não estão sendo utilizadas", disse Lombardi, acrescentando que, ao mesmo tempo em que o Brasil tem capacidade para gerar energia suficiente para abastecer os centros de dados, "não tem espaço para armazenar as próprias fotos" da população. "70% estão em data centers americanos", contou.
Para o presidente da Elea, empresários e o poder público precisam "saber investir corretamente em infraestrutura para fazer o país crescer, já que recursos não lhe faltam".
O evento reuniu diversas personalidades do setor de tecnologia e representantes governamentais, como Thiago Camargo Lopes, diretor de Projetos e Investimentos da InvestSP; Alessandra Del Debbio, vice-presidente Jurídica e de Assuntos Corporativos da Microsoft América Latina; Sidney Levy, presidente da Invest.Rio; e José Luis Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes).
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