O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no Brasil, registrou aumento de 0,16% em janeiro, influenciado pela alta nos alimentos.
No entanto houve uma desaceleração em comparação com dezembro, quando a variação foi de 0,52%, informou nesta terça-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Os preços dos alimentos tiveram sua quinta alta consecutiva em janeiro, com um avanço de 0,96%. Outro grupo que impactou no avanço do IPCA foi o de Transportes, com elevação de 1,3%, refletindo o aumento das passagens aéreas.
A inflação dos alimentos está no centro das preocupações do governo Lula, que analisa um conjunto de medidas para reverter essa tendência, como a formação de estoques de arroz e milho e a criação de linhas de crédito para agricultores ampliarem a produção e reduzirem os preços.
Já o grupo Habitação registrou queda de 3,08%, favorecido pela redução de 14,1% no preço da energia elétrica, graças ao Bônus Itaipu, iniciativa impulsionada pelo Ministério de Minas e Energia para conter o avanço do valor da eletricidade gerada na usina binacional.
O IPCA de janeiro é o menor para o mês desde 1994, ano em que foi implementado o Plano Real. Na comparação com janeiro de 2024, o indicador teve queda de 0,26%.
Por outro lado, no acumulado dos últimos 12 meses, a inflação subiu 4,56%. Já no fechamento de 2024, o IPCA registrou elevação de 4,83%, 0,33 ponto percentual acima do teto da meta perseguida pelo Banco Central.
Diante desse cenário, o BC deve elevar a taxa de juros Selic, atualmente em 13,25%, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) marcada para março.
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