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Após protestos, premiê da Geórgia exclui novas eleições gerais

País entrou em crise após suspender negociações para adesão à UE

Redazione Ansa

(ANSA) - Em meios aos violentos protestos na br/brasil/flash/internacional/2024/11/28/georgia-suspende-negociacoes-para-adesao-a-ue_5f85e762-de45-40c3-847e-5c5c23d2d8d0.html" target="_blank" rel="noopener">Geórgia, o primeiro-ministro do país, Irakli Kobakhidze, garantiu que não haverá novas eleições gerais, como exige a oposição.
    A ex-república soviética virou uma zona de guerra em razão das manifestações que contestaram os resultados do pleito e a decisão de Tbilisi em adiar o processo de adesão à União Europeia.
    Os protestos na capital georgiana foram reprimidos pelas forças policiais, que só conseguiram dispersar os manifestantes com jatos de água e gás lacrimogêneo. De acordo com as autoridades, dezenas de agentes ficaram feridos e mais de 150 prisões foram efetuadas.
    Em uma coletiva de imprensa, o chefe de governo foi sucinto ao dizer "claro que não" sobre a possibilidade de aceitar organizar um novo pleito. Além disso, Kobakhidze confirmou que a atual presidente da Geórgia, Salome Zourabichvili, "terá que deixar" a residência presidencial do Palácio Orbeliani, em Tbilisi.
    "Compreendo a situação emocional de Zourabichvili, mas obviamente ela terá de deixar a sua residência e entregar este edifício ao presidente legitimamente eleito", disse o premiê, que a acusou de ter lutado pela vitória da "oposição radical".
    Zourabichvili se recusou a reconhecer o resultado das eleições, alegando que a votação havia sido "completamente fraudada". Ela também se declarou como "a única instituição legítima".
    A nova alta representante da União Europeia para Política Externa, Kaja Kallas, mencionou que o bloco está "obviamente ao lado do povo georgiano na escolha de seu futuro" e criticou o uso da violência para reprimir as manifestações. A ex-premiê estoniana não descartou a possibilidade de aplicar sanções.
    "O que precisamos de discutir é como proceder daqui em diante, porque é claro que o governo georgiano não respeita a vontade do povo no que diz respeito ao futuro europeu", declarou. (ANSA).
   

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